E lá vão dois

Agradeço a todos a participação e observação neste blog, mas tal como o antecessor, pifou....
mas, poderão continuar a seguir-nos em
«Curiosa Lusitânia», pelo menos até que lhe aconteça o mesmo..., altura em que novo blog nascerá.
Até lá... e obrigado pela companhia...

José Cândido Menezes

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O Império ataca Wikileaks


Entre as muitas ironias que produziu, uma das mais saborosas do caso WikiLeaks é ter dado oportunidade ao jornal russo “Pravda” de zombar do sistema legal e da censura nos EUA.
Depois de comentar mensagens do WikiLeaks que mostram o governo Obama pressionando Alemanha e Espanha para encobrir torturas praticadas pela CIA no governo anterior, o colunista e editor legal David Hoffman tripudia: “agora, dado que o fundador do WikiLeaks Julian Assange enfrenta acusações criminais na Suécia, fica também evidente que os EUA têm o governo sueco e a Interpol no bolso. Claro que não sei se Assange cometeu o crime do qual é acusado. Sei é que para o ‘sistema’ legal dos EUA a verdade é irrelevante. No minuto em que Assange revelou a extensão dos crimes dos EUA e seu encobrimento para o mundo, tornou-se um homem marcado”. Aproveita também para apontar a hipocrisia de conservadores e seus porta-vozes na imprensa, que querem as penas mais rigorosas possíveis para o WikiLeaks mas não tiveram dúvidas em expor a agente dos EUA Valerie Plame quando o governo Bush júnior quis punir seu marido, o ex-embaixador Joseph Wilson, por denunciar provas forjadas para justificar a invasão do Iraque.
A coluna tem data de 3 de dezembro. O cerco começara com a ordem de captura internacional do governo sueco que colocou o australiano Assange na lista de “alerta vermelho”, os mais procurados da Interpol, a serem monitorados a cada passo. Com um pretexto inusitado para uma operação desse porte, se não surreal: o fundador do WikiLeaks teria continuado a fazer sexo com uma sueca depois da ruptura de seu preservativo e se recusado a usá-lo com outra. Não há sequer um indiciamento formal e as duas acusadoras, Sofía Wilén e Anna Ardin enviaram mensagens por SMS e Twitter alardeando seus encontros com Assange logo após o fato, falando deles em tom elogioso e festivo. A segunda é nascida em Cuba e escreveu artigos para uma publicação anticastrista, sugerindo que pode haver o dedo da CIA no caso.
Na véspera, a Amazon expulsara o site wikileaks.org de seus servidores. No mesmo dia 3, o próprio endereço foi deletado pelo provedor estadunidense everydns.com. Foi rapidamente transferido para um domínio registrado na Suíça, wikileaks.ch, mas com parte dos arquivos hospedados no provedor francês OVH que, ameaçado com “consequências” pelo ministro francês da Indústria Eric Besson, entrou na justiça com uma consulta sobre a legalidade da ação.
No dia 4, a Switch, provedor suíço do novo endereço, disse que não atenderia às pressões estadunidenses e francesas para deletá-lo, mas o sistema PayPal de pagamentos via internet, uma subsidiária do eBay, cancelou a transferência de doações ao WikiLeaks. No dia seguinte, a OVH saiu da rede e os arquivos passaram a ser hospedados pelo Partido Pirata Sueco e passou a sofrer ataques de hackers, mas centenas de “espelhos” do site se multiplicaram pelo mundo. O WikiLeaks também distribuiu a todos os interessados uma cópia encriptada do arquivo completo, cuja chave será distribuída caso algo aconteça com o site ou seu fundador.
Nos dias 6 e 7, as redes Mastercard e Visa também cancelaram as doações ao WikiLeaks – embora, como tenha notado o editor de tecnologia do Guardian, nenhuma delas tenha problemas com encaminhar doações ao Ku-Klux-Klan. Além disso, o banco suíço PostFinance encerrou a conta de Assange com o pretexto de que ele “mentiu” ao fornecer endereço no país – também ridículo, pois ele seguiu a praxe e deu o endereço de um advogado em Genebra. Com essas operações, o WikiLeaks perdeu cerca de 133 mil dólares. Ainda no dia 7, Assange apresentou-se à Scotland Yard e foi preso sem direito a fiança.
Toda essa farsa foi levada ao palco porque as atividades de Julian Assange e do WikiLeaks não são realmente ilegais. Várias decisões jurídicas dos EUA, notadamente a decisão de 1971 que deu ao New York Times o direito de publicar os “Papéis do Pentágono”, concordaram em que a liberdade de imprensa garantida pela Constituição se sobrepõe à reivindicação de segredo do Executivo. O funcionário que vazou os arquivos oficiais pode, em princípio, ser processado, não a organização que aceitou o material e a publicou.
O fato é que Julian Assange é hoje um preso político, detido sob o mesmo tipo de falso pretexto que é devidamente ridicularizado quando usado para se deter um dissidente russo, chinês ou iraniano. Fosse os segredos de algum desses países que tivesse revelado, o fundador do WikiLeaks seria candidato automático a um Nobel da Paz.
Ao serem os segredos dos EUA os que o australiano se dispõe a divulgar – e o que pode vir a ser ainda pior, de seus grandes bancos e empresas (a começar, provavelmente, pelo Bank of America), como anunciou em entrevista à Forbes –, políticos e jornalistas de Washington e de seus aliados do Ocidente passam a considerar justo e aceitável que seja perseguido e preso pela Interpol sob acusações que matariam de rir os responsáveis pelos Processos de Moscou da era stalinista.
O Ocidente tem dificuldade cada vez maior em conviver com os direitos e garantias em nome dos quais julga ter o dever de impor sua vontade ao resto do mundo. Sente cada vez mais a necessidade de leis de exceção e estados de exceção, que pouco a pouco viram regra. O mundo vai descobrindo que é ilusório confiar na Internet como garantia de liberdade de informação.

(Enviado por um Amigo)

Linguagem «século XXI»



Se alguém pensasse.., há 370 anos, talvez não se tivesse feito a revolta de 1640…, que expulsou os Filipes de Espanha.

Tirou um papel do bolso, conferiu a anotação e perguntou à empregada por trás do balcão: «Menina, tem pens drives?» “Temos sim” «Já agora, o que é uma pen? Pode esclarecer-me? O meu filho pediu-me para comprar uma…» “A pen é um aparelho em que o senhor mete tudo o que tem no computador.” «Ah!, como uma disquete…» “Não! Na pen o senhor pode guardar textos, imagens e filmes. A disquete, que já nem existe, só guardava textos”. «Ah, t’á bem, dê-me uma». “De quantas gigas?” «Como?» “É o tamanho da pen” «Ah… quero um tamanho pequeno, que dê para meter ao bolso sem fazer muito volume» “Todas são pequenas. O tamanho é a quantidade de coisas que pode arquivar”. «Quantos tamanhos tem?» “Dois, quatro, oito e até dez gigas” «Hummm, o meu filho não disse de quantas gigas queria…» “Nesse caso, o melhor é levar a maior…” «Sim, acho que sim. Quanto custa?» “Bem, a de dez gigas é a mais cara. A sua entrada é USB?” «Como?» “É que para acoplar a pen ao computador tem de ter uma entrada compatível” «USB é a potência do ar condicionado?» “Não, isso é BTU” «Ah, é isso mesmo. Confundi as iniciais. Bem.., sei lá se a minha entrada é USB» “USB é assim… com uns dentinhos que se encaixam nos buraquinhos do computador. O outro tipo é este, o P2, mais tradicional; o senhor só tem que enfiar o pino no buraco redondo” «Hummm, enfiar o pino no buraquinho, não é?» “O seu computador é novo ou velho? Se for novo, é USB, se for velho é P2” «Penso que o meu computador tem dois anos. O anterior ainda era com disquetes. Lemnbra-se delas? Quadradinha, preta, fácil de carregar, quase nem tinha peso. O meu primeiro computador funcionava com aquelas disquetes tipo bolachas, grandes e quadradas. Era bem mais simples, não acha?» “Os de hoje nem entradas têm para disquetes. Ou CD ou pen” «Outra coisa. Bem, não sei que fazer. Acho melhor perguntar ao meu filho».
“Quer telefonar-lhe?” «Eu gostaria, mas o meu telemóvel é novo, tem tanta coisa que ainda nem aprendi a ligar…» “Deixe cá ver. Ena, um smarthphone, é mesmo bom; tem Bluetooth, woofle, brufle, triple, banda larga, teclado touchpad, câmara fotográfica e de filmar, rádio AM/FM, dá para mandar e receber e-mail, torpedo direccional, micro-ondas e conexão wireless” «Micro-ondas? Dá para cozinhar?» “Não senhor; o senhor faz-me rir… é que ele funciona no sub-padrão, por isso é muito mais rápido” «E Bluetooth» “Sabe para que serve?” «É claro que não!» “É para comunicar dum telemóvel para outro sem fio” «Que maravilha! Essa é uma grande novidade! Mas os telemóveis não se comunicam uns com os outros sem fio? Nunca precisei de fio para ligar. Fio celular é apenas para carregar a bateria…» “ Não, já vi que o senhor não percebe nada. Com o Bluetooth o senhor passa os dados do seu telemóvel para outro sem usar fio, lista de telefones, fotos… por exemplo” «E antes, precisava de fio?» “Não, tinha de trocar o chip” «Hein? Ah, o chip. E hoje, precisa de chip…?» “precisa, sim, mas o Bluetooth é bem melhor” «E que faço com o chip? Dá para pagar as portagens das SCUT?» “Não! Isso é outro chip. Se quiser trocar de operadora, portabilidade, o senhor sabe…” Feita a ligação consegue falar com o filho, a quem pergunta: «Olha, queres uma pen de quantos… ah, gigas? Quatro? Havia outra coisa…isso mesmo; a nossa conexão é USB? T’á bem, logo já ta levo» “Que idade tem o seu filho?” «Vai fazer dez em Março.»
Chegado a casa, vira-se para a mulher e diz-lhe que está a envelhecer cada vez mais rapidamente, que fica doente só de pensar quanta coisa há por aí que nunca irá usar. “Porquê?”, pergunta a mulher, acrescentando ser necessário trocar a televisão da sala. «Porquê? Avariou?» “Não, mas a nossa não tem HD, tecla SAP, sloamotion e reset. «Tudo isso?» Para cúmulo, quando estava quase a adormecer, o filho entra no quarto e diz-lhe: “Pai, compra-me uma Playstation vinte e sete”…

(Enviado por um Amigo)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Nona comissão de inquérito ao acidente de Camarate



Senhor Cavaco Silva


Por por proposta do PSD e uma ideia de Freitas do Amaral, foi criada a nona comissão de inquérito ao acidente de Camarate, que vitimou Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa.

Isto não interessa ao povo, que quer acções concretas.

Disse o senhor, quando foi reeleito e injustamente não foi à segunda volta, que ia estar muito atento à actuação do governo.

Porque não está atento aos desmandos dos deputados do seu partido que querem, em prejuízo de quem os elegeu, brincar aos inquéritos parlamentares, quando deviam, isso sim, criar tribunais para julgar os deputados e membros dos vários governos que desgovernaram Portugal e meteram aos bolsos a riqueza que era produzida?

Mário Soares, Carlos Melância, Oliveira e Costa, Dias Loureiro, Duarte Lima, Telmo Correia, Nobre Guedes, Paulo Portas, e muitos outros.

Disse-lhe na passada semana, que era esquecido, mentiroso, demagogo e oportunista.

Não retiro uma virgula ao que afimei.

Ganhou as eleições e o seu mantado vai ser igual ou pior que os anteriores.

Só espera pelo fim do mês para engordar a sua conta pessoal à custa de quem trabalha.

É feio viver do suor de quem trabalha e isso tem um nome que me escuso pronunciar.

Renuncie ao mandato e vá curar a constipação para não criar mais despesas ao país com o seu funeral.

(Enviado por um Amigo)

domingo, 23 de janeiro de 2011

A África está a dividir-se em duas…




Dizem os cientistas…

Em apenas dez dias, a fenda aumentou oito metros, segundo os pesquizadores.

Pesquizadores britânicos afirmam que o continent africano poderá dividir-se em dois, devido a mudanças geológicas que ocorrem na região de Afar, Etiópia.

O processo começoi em 2005, após a erupção do vulcão Dabbahu, que abriu uma fenda no solo.

A depressão, apesar de não ter água, está localizada abaixo do nível do mar, o que poderá levar ao aparecimento dum novo oceano.

«O oceano está separado por apenas uma faixa de vinte metros de terra do território da eritreia», afirmou o simólogo James Hammond em entrevista à BBC.

«Então, essa terra cederá eventualmente, o mar entrará e começará a criar esse novo oceano», disse o cientista.

Segundo os pesquizadores, o processo acabará por dividir a África, transformando parte da Somália e da Etiópia numa grande ilha no Oceano Índico.

Embora o processo possa levar milhões de anos a ser concluído, os cientistas afirmam estar a presenciar um raríssimo fenómeno.

Uma monitorização num período de apenas dez dias, verificou a expansão da fenda em oito metros, segundo a BBC.

OS NOVOS EXÉRCITOS..!!

Se quiséssemos caracterizar estes últimos decênios da história humana,sem dúvida, deveríamos chamá-los de idade da mídia, dos meios decomunicação – a propaganda, os jornais, as revistas, as agências e ossistemas de rádio e televisão.

Nestes tempos, vem sendo a maispoderosa arma de dominação dos povos, isto é: a servidão consentida,através da mente humana.

Tão poderosa que foi capaz de vencer edesintegrar um gigante como a União Soviética.

As máquinas de comunicação, que conquistam e impõem sistemas dedominação e exploração das nações ricas sobre as pobres, são osexércitos e as armadas destes tempos.

Têm o poder de criar um ambienteno qual o falso parece verdadeiro.Por exemplo: o neoliberalismo – que não passa do velho conservadorismocom nova roupagem – é uma doutrina que vem das nações poderosas. É oque convém àqueles países: que as raposas (no caso, elas próprias)passem a ter toda liberdade dentro do galinheiro.

Outro exemplo é o dessas chamadas privatizações, que o futuro irádemonstrar que foi uma época de oligarquias impatrióticas, quepromoveram a malversação e o enriquecimento ilícito, em prejuízo dopatrimônio público.

Tudo sob a mistificação de que privatizar seria agrande solução salvadora para nós, países pobres.

A verdade, entretanto, nunca morre dentro do ser humano, cuja vida,mesmo sob o mais impenetrável dos obscurantismos, é uma buscapermanente e até compulsiva deste valor supremo de nossa existência.

É uma questão de mais ou menos tempo.

A verdade acaba por prevalecer, mesmo quando um avassalador monopóliode comunicação mantém toda uma Nação nas trevas.

(Enviado por um Amigo)

Falta de fundos no FMI


O Fundo Monetário Internacional espera dobrar a sua capacidade de oferecer crédito, para 450 biliões de dólares nos próximos meses, o que lhe dará mais poder para enfrentar a crise da dívida soberana que toma conta da Europa, segundo directores e documentos do próprio FMI.

Se isso é suficiente, depende do grau de contaminação do problema noutros países. Actualmente, o FMI tem 202 biliões de dólares de recursos básicos e mais um fundo de 41 biliões que pode usar no caso duma grave crise financeira internacional, ou um total de 243 biliões, segundo o próprio FMI.
Mas, o total é menor que o montante que a zona euro espera render para poder socorrer as problemáticas economias europeias.

De acordo com o plano europeu de socorro, anunciado em Maio, após o resgate da Grécia, o FMI disponibilisaria 325 biliões. A Irlanda é o priimeiro país a receber um empréstimo desse fundo de apoio. Os créditos de 30 biliões do Fundo para o governo irlandês, deixá-lo-ão com 295 biliões em comprometimentos – mais do que tem em cofre.
Mas, directores do FMI afirmam com frequência que o Fundo Internacional não se comprometeu formalmente a fornecer a totalidade dos 325 biliões. Em vez disso, o FMI aprova caso a caso cada empréstimo e não precisa de reservar recursos até que os empréstimos em questão sejam aprovados. Assim, o FMI acredita que mesmo agora ainda tem muito espaço de manobra.

O G-20, grupo de países industrializados e em desenvolvimento, que já teve de socorrer o FMI para obter finaciamentos cruciais, comprometeu-se, em Abril do ano passado, a aumentar o capital da instituição. Desde então, cerca de 20 países emprestaram um total de 248 ao FMI que, por sua vez pode passar a outros países com problemas financeiros. Sem esse capital, o FMI estaria a operar agora no vermelho.
De acordo com a iniciativa do G-20, esses empréstimos podem ser contabilizados como um novo fundo de emergência que substituiria o de 41 biliões de dólares, com mais 250 biliões em novos recursos. Sete países europeus ainda precisam de ratificar essa linha de crédito. Áustria, Bélgica, Suiça, Luxemburgo, Noruega e Suécia – mas os seus parlamentos devem aprová-los nalgum momento no primeiro trimestre de 2011. Isso vai impulsionar para 450 biliões de dólares o capital disponível para empréstimos.
Os Estados Unidos já aprovaram a expansão e prometeram contribuir com 106 biliões para o novo fundo – cerca de dez vezes do que prometera contribuir antes. Os Estados Unidos e o Japão têm votos suficientes para vetar a activação do fundo. Quando o FMI faz um empréstimo – em qualquer dos seus veículos de financiamento – cada um dos membros é responsável por certa percentagem do valor. A fatia americana é de, geralmente, 17%. O FMI gaba-se de nunca ter sido deixado a ver navios, embora às vezes tenha de esperar pela quitação do valor que um banco comercial em situação similar seria obrigado a classificar de crédito de recebimento duvidoso.

Na Comissão Europeia argumentam que o total de recursos disponíveis para socorrer países, pode ser um tiro pela culatra e amedrontar os investidores, indicando que os problemas são mais profundos do que se pensava e começaram a espalhar-se. Até agora, no entanto, a Alemanha conseguiu bloquear a expansão do fundo. A Comissão Europeia nega ter discutido a sua expansão… e por cá, os mais pobres sofrem e pagam a «crise»… e os políticos gastam que se fartam…

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A opção da simplicidade


Muitas pessoas reclamam contra a corrida da vida. Consideram que têm compromissos demasiados e culpam a complexidade do mundo actual, as más políticas e os maus políticos no activo.

Entretanto, muitas delas multiplicam as suas ocupações, os empregos, sem real necessidade.
Vivem para o dinheiro. Viver com simplicidade deve ser, portanto, a opção a fazer.

Algumas coisas que consideram imprescindíveis à vida, na realidade são supérfluas.

Enquanto procuram coisas, as criaturas esquecem-se da vida em si. Angustiadas por múltiplos compromissos, não reflectem sobre a sua realidade interior, íntima.

Esquecem-se do que gostam, não pensam no que lhes traz e faz. De que adianta ganhar o mundo e perder-se a si próprio?

Se a criatura não tomar cuidado, ter e parecer tomarão, com toda a certeza, o lugar do ser.

Ninguém precisa de trocar de carro constantemente, ter incontáveis sapatos, sair todos os fins-de-semana. É possível reduzir a própria agitação, conter o consumismo e redescobrir a simplicidade.
Simples é aquele que não simula ser o que não é, que não dá demasiada importância à sua imagem ou ao que os outros dizem ou pensam dele. As pessoas simples calculam os resultados de cada gesto, não usa artimanhas nem tem segundas intenções. Apenas experimenta a alegria de ser, apenas.
Não se trata de levar uma vida inconsciente, mas de reencontrar a própria infância. Mas uma infância como virtude, não como fase da vida. Uma infância que não se angustia com as dúvidas de quem ainda tem tudo por fazer e conhecer.

A simplicidade não ignora, apenas aprendeu a vlorizar o essencial. Os pequenos prazeres da vida, uma conversa interessante, olhar as estrelas, andar de mãos dadas…

Tudo isto representa a simplicidade do existir, de ser. Não é necessário ter muito dinheiro ou ser importante para ser feliz, mas é difícil ter felicidade sem tempo para fazer o que se gosta.
Nada existe contra o dinheiro ou o sucesso. É bem importante trabalhar, estudar e aperfeiçoar-se. Progredir sempre, é uma necessidade humana. Mas, isso não implica viver angustiado, enquanto se tenta dar cabo de tantas actividades.

Se o preço do sucesso fôr a ausência da paz, então talvez não valha a pena, porque tudo fica para trás, mais cedo ou mais tarde. Mas, há tesouros imateriais que jamais se esgotam.

As amizades verdadeiras, a serenidade e a paz de espírito, são algumas delas. Prestemos atenão a como gastamos o nosso tempo. Analisemos as coisas que valorizamos e vejamos se muitas delas não são apenas um peso desnecessário na nossa existência.

Ao optar pela simplicidade, talvez se redescubra a alegria de viver.

«Procure ser uma pessoa de valor, em vez de procurar ser uma pessoa de sucesso. O sucesso é apenas a consequência».